5) MARCELO SANTOS

MÚSICA E CANTO NA LITURGIA
"Não a voz e sim a vontade, não o som e sim o amor, não as cordas e sim o coração...produzem o louvor que o ouvido de Deus escuta ...Que a língua sintonize com a alma. e a alma se harmonize com Deus" Escrito na estante do coro da Capela do antigo convento de São Damião, em Assis, onde Santa Clara e suas irmãs cantavam o Oficio Divino
I – CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE CANTOS
1. Nossas referências, nossas fontes de inspiração...O ser humano é constitutivamente um ser celebrante, e o ritmo da semana é um dado cultural de inúmeros povos. Todo domingo chega, assim, com sabor de novidade, com apelo ao reencontro da família, da comunidade, na fé, na alegria da esperança, desabrochando no louvor, num "cântico novo". Novo porque brota da vida que é sempre inédita e inspiradora... porque estamos sempre em processo de morte-ressurreição, em comunhão com Aquele, que, pelo seu Espírito faz novas todas as coisas, convertendo-nos cada semana.
É importante selecionar bem os cantos para cada celebração. Cabe a cada comunidade escolher, entre as muitas sugestões, o que melhor lhe convém, levando em conta: a experiência concreta de vida, os acontecimentos marcantes de cada semana; os "sinais dos tempos", os apelos que brotam da realidade do povo deste lugar; o momento presente (no Brasil, no mundo); o jeito do povo daqui e de agora cantar sua vida e sua fé; o Mistério de Cristo, desdobrado nas passagens dos textos proclamados a cada semana, cada domingo, cada festa, e prolongado e identificado nas vivências todas da Igreja, seu Corpo...

2. Tempo Litúrgico - A Igreja celebra no Tempo
O Domingo, como um dia especial, Natal e Páscoa, como tempo de festa, são realidades na vida de todas as pessoas, sejam ou não membros da comunidade eclesial. Seguindo a sucessão de dias e noites e o movimento regular do sol, que põe ritmo evidente no nosso universo, o cristão se compraz em celebrar também ritmadamente o mistério de Cristo. O Senhor santificou todo o tempo e, por isso, todos os dias são santificados. Na vida concreta, porém, chamamos de "santos" certos dias e certos tempos em que abrimos mais espaço para celebrar o mistério de Cristo ou algum aspecto da salvação.
A Páscoa e as alegrias de celebrá-la são grandes demais para caberem nos limites de um Domingo. Desde cedo a Igreja passou a consagrar a isso o ano todo, dividindo-o em ciclos: um conjunto de domingos para celebrar o Salvador que se manifesta ao mundo; e outro grupo dedicado á Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, que nos envia o Espírito Santo. E entremeando estes dois ciclos, numa longa série de domingos, revive-se o que Jesus fez e disse como nosso Redentor.
3. A Assembléia
Antes de mais nada, em nossas celebrações, devemos levar em consideração as pessoas. A liturgia, afinal, é o lugar por excelência do encontro das pessoas humanas entre si, e das pessoas humanas com as Pessoas Divinas.
Quem são as pessoas que freqüentam nossas igrejas e participam de nossas celebrações?

• Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

• Homens e mulheres, elas, quase sempre em número maior.

• Gente da capital ou do interior, do centro ou da periferia.

• Gente de classe média, gente abastecida, gente carente, classes altas e populares, erudita ou analfabeta.

• Povo, na sua maioria, pobre, sem terra, sem emprego, sem estudo, assalariados ou autônomos de baixo poder aquisitivo, que carrega sobre seu dorso a pesada cruz da opressão e sofre as conseqüências de algum tipo de exclusão. Gente para quem o Filho de Deus continua olhando com profunda compaixão, porque são como ovelhas sem pastor (Mt 6,34)
Levar em consideração a assembléia celebrante, com suas possibilidades, sua riqueza e seus limites, é a primeira preocupação de uma liturgia verdadeiramente pastoral. É o caminho mais seguro para se chegar a uma celebração cheia de vida, significativa e personalizada, sobretudo quando se trata de música e canto.
A assembléia litúrgica não é apenas a soma dos indivíduos que a compõem. Ela é a Igreja inteira, manifestando-se naqueles que estão reunidos aqui e agora. Aí está o Cristo presente e agindo. Claro que se trata de pessoas, mas em comunhão, e não uma ao lado da outra. O que se quer é servir a essa comunhão entre as pessoas. E essa compreensão mística determina a prática do agente litúrgico-musical.
Não tem sentido, por exemplo, escolher os cantos de uma celebração em função de alguns que se apegam a um repertório tradicional, ou ainda de outros que cantam somente as músicas próprias de seu grupo ou movimento, nem de outros que querem cantar exclusivamente cantos ligados à realidade sócio-política, se isto vai provocar rejeição de parte da assembléia. Pois todos têm o direito de compreender e participar com gosto, sobretudo os mais desprovidos. É preciso que se pense em todos, e em cada um na comunhão com os demais.
Nada mais sem graça e enfadonho do que uma celebração-robô, um “enlatado” litúrgico sem o rosto da comunidade que celebra, sem raiz nos acontecimentos que marcam a sua vida, sem atualidade, fora do tempo e do espaço. Ao pretender agradar a todos, termina sendo de ninguém. Pelo contrário, onde se tem experiência de uma celebração significativa e interessante há sempre por trás uma equipe de celebração capaz de encontrar, com a assembléia; por ela animada, o seu próprio estilo. Mas, para chegar a este ponto, não basta a personalidade de quem preside, a qualidade do coral, a competência dos instrumentistas, a riqueza de um repertório ou a escolha acertada dos cantos. É preciso que haja certa coerência entre as pessoas e as ações. É preciso profunda harmonia entre aquele que preside e as equipes de celebração e o povo.
4. Equilíbrio: Tradição e Novidade, Silêncio e Música Instrumental.
Os cantos escolhidos devem ter o equilíbrio entre tradição e novidade, repetição e variedade, de modo que mantenha a assembléia, ao mesmo tempo, segura ao cantar os cantos da sua tradição e contente em poder renovar o seu repertório. Todo escriba versado nas coisas do Reino de Deus sabe tirar do seu tesouro coisas novas e velhas (Mt 13,52).
Oportunamente, como parte da celebração, deve-se observar o silêncio sagrado. A sua natureza depende do momento que ocorre em cada celebração. Assim, no ato penitencial e após o convite à oração, todos se recolhem. Após urna leitura ou homilia, meditam brevemente o que ouviram. Após a comunhão, louvam e rezam a Deus no íntimo do coração.
A linguagem musical dos instrumentos tem seu lugar e importância na celebração da fé, não somente enquanto acompanha, sustenta e dá realce ao canto, que é a sua função principal, mas também por si mesma, ao proporcionar ricos momentos de prazerosa quietude e profunda interiorização ao longo das celebrações, proporcionando-lhes assim maior densidade espiritual. Os instrumentos musicais podem ser mais valorizados para executar um prelúdio, interlúdio ou posludio proporcionando clima para determinados momentos.
II – MINISTÉRIOS E SERVIÇOS DO CANTO
Animador ou solista
É importante a participação de duas pessoas adequadamente preparadas para o papel de solistas a fim de apoiar e dirigir o canto, animar a assembléia, principalmente em lugares onde nem um pequeno grupo de cantores pode ser formado. Os animadores, com sua sensibilidade e criatividade, devem encontrar a expressão corporal mais adequada a cada tipo de canto, provocando a assembléia, com naturalidade e simplicidade, a expressar-se com gestos, palmas e dança, em certos momentos da celebração.
Salmista
É importante valorizar a função do Salmista, com seu ministério específico. O Salmista canta o texto principal, cabendo à assembléia responder com o refrão.
Coral
É função ministerial do coral: Enriquecer o canto do povo, com maiores possibilidades de variar os textos e melodias. Dar um colorido mais próprio a cada celebração do ano litúrgico, favorecendo ao povo uma vivencia mais intensa da diversidade do ministério cristão. Guiar e sustentar as voes do povo. A atuação do coral não deve inibir o canto do povo, transformando-o em mero ouvinte.
Instrumentistas
Assim como a voz, o instrumento musical, como prolongamento da ação humana, não pode ser classificado como sacro ou profano. Os documentos da Igreja abriram espaço para urna inculturação dos instrumentos musicais, levando-se em conta o gênio, a tradição e a cultura de cada povo, integrando-se à liturgia e ao contexto no qual se insere a comunidade celebrante. O recurso de "fundo musical" é inoportuno durante a proclamação das leituras e durante a oração eucarística. Quando acompanha o canto, não deve abafar as vozes. As introduções soladas são adequadas para facilitar a entrada uniforme dos cantores e da assembléia.
III – TÉCNICAS DE: VOZ / USO DO MICROFONE / SOM
Voz
Animadores, Solista e Salmistas, devem observar cuidadosamente a Pronúncia e Comunicação, altura adequada de com naturalidade sem forçar a voz, prever as pausas para respiração. Quando houver aperfeiçoado sua técnica vocal, cuidar da expressão e interpretação, para tomar os textos orantes.
Microfone
Onde o uso do microfone se faz necessário, guardar a correta distância, direcionar a voz para que não se desvie, cuidar da respiração.
Som
Na medida do possível providenciar equipamentos de boa qualidade de som. A boa comunicação é muito importante.
IV – A SEQÜÊNCIA DA CELEBRAÇÃO
RITOS INICIAIS
1. Canto de Abertura
Este canto, inserido nos ritos iniciais, cumpre antes de tudo o papel de criar comunhão. Seu mérito é de convocar a assembléia e, pela fusão das vozes, juntar os corações no encontro com o Ressuscitado. Este canto tem de deixar a assembléia num estado de ânimo apropriado para a escuta da Palavra de Deus.
A vantagem de o povo responder com um refrão (cantado de cor) a alguns versos, entoados por um cantor ou grupo de cantores, é a de os fiéis mais livremente poderem olhar para a procissão de entrada.
Um canto estrófico não seria tão indicado durante a procissão de entrada, mas poderia, eventualmente, ser funcional após a procissão, a fim de a comunidade, agora formada, poder firmar-se mais através de um hino cantado por todos.
2. Rito Penitencial
Este Rito visa educar-nos para o senso do pecado pessoal e social, como também do ministério da reconciliação de toda a Igreja. Assim, sua função não pode ficar reduzida a uma moralização ou acusação, só, dos outros.
A breve ladainha "Senhor, tende piedade" foi incorporada ao rito penitencial como parte de um momento de reconciliação. Há fórmulas mais ricas no Missal e nos Hinários.
3. Glória
O Glória, que é um hino antiqüíssimo, iniciando-se com o louvor dos anjos na noite do Natal do Senhor, desenvolveu-se antigamente no Oriente, como homenagem a Jesus Cristo. Não constitui uma aclamação trinitária.
É recomendável executar as frases do Glória alternadamente, em dois grupos (homens-mulheres, solista-povo ... ) A Liturgia não utiliza este hino nos tempos litúrgicos do Advento e da Quaresma, certamente pelo fato de um hino festivo não sintonizar com um tempo penitencial. É bom que seja cantado e não falado.
LITURGIA DA PALAVRA
4. Salmo Responsorial
Para a Liturgia da Palavra ser mais rica e proveitosa, há séculos um salmo tem sido cantado corno prolongamento meditativo e orantc da Palavra proclamada. Ele reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo. Deve ser proclamado ou cantado do Ambão, preferivelmente na forma dialogada. O Salmo é um tex10 bíblico integrado na liturgia da Palavra e por isso não deve ser trocado. Faz parte do conjunto das leituras.
5. Aclamação ao Evangelho
A aclamação "Hallelu-Jah" (Louvai ao Senhor!) que tem sua origem na liturgia judaica, ocupa lugar de destaque na tradição cristã. Mais do que apenas ornamentar a procissão do lado, sempre foi a expressão de acolhimento solene de Cristo, que vem a nós por sua palavra viva, sendo assim manifestação da fé nesta presença atuante do Senhor. No caso de uma procissão da Bíblia já ter sido feita antes da primeira leitura, poderia ser executada uma dança antes da proclamação do Evangelho, ao ser cantado ao Aleluia.
O Aleluia ou versículo antes do Evangelho podem ser omitidos quando não são cantados (fazer momento de silêncio). Após a proclamação do Evangelho é bom repetir. ir o Aleluia, ou cantar um refrão como resposta.
6. Creio
O "Símbolo" é um texto que não tem sido muito musicado por nossos compositores. Se for cantado, que seja numa simples cantilena em forma alternada por dois grupos.
7. Oração Universal
A mais solene é a da Sexta-feira da Paixão, em que as intenções também são cantadas. As intenções podem ser cantadas por um solista e a assembléia responde cantando, a cada invocação ou após uma única oração onde todas as intenções são incluídas. Outra alternativa poderia ser a ladainha.
LITURGIA EUCARÍSTICA
8. Apresentação das Oferendas (Facultativo)
Não é sempre necessário nem desejável, principalmente quando não há uma procissão mais solene dos dons, embora seja muito apreciado pelas nossas comunidades, que deseja expressar sua disposição de querer oferecer sua vida, luta e trabalho ao Senhor.
Seria conveniente o Presidente, sentado, esperar a realização da coleta feita por alguns membros da comunidade, acompanhada por um canto do coral ou grupo de canto. A coleta seria, então levada junto com os dons (pão, vinho e água) acompanhada de um canto processional (não precisa necessariamente falar de pão e vinho) cantado por todos, e só então cantar as orações de oferecimento "Bendito sejais, Senhor", com a resposta "Bendito seja Deus para sempre. (Hin. Lit.3°fasc. P. 22 ou 41)
9. Oração Eucarística
Prefácio – A Introdução do Hinário Litúrgico 3° fascículo recomenda que seja cantado.
Santo – Aclamação cantada por todo o povo, que concluí o Prefácio ou a louvação na Celebração da Palavra.
Aclamações (Facultativas) – durante a Oração Eucarística para promover a participação do povo.
Aclamação Memorial – O Missal oferece algumas fórmulas que expressam o anuncio do Mistério Pascal. Esta aclamação não deve ser substituída por um canto eucarístico ou de devoção à presença real de Cristo na Eucaristia. Sendo uma das aclamações mais importantes da missa, convém que seja cantada por todos em resposta à introdução: "Eis o mistério da fé!”, entoada por quem preside.
Solene Doxologia Final – Cantado por toda a assembléia, podendo ser enriquecido com textos previstos pelo Missal.
RITOS DA COMUNHÃO
10. Pai Nosso – A Oração do Senhor introduz nossa preparação imediata ao Banquete Pascal. Cantar em melodia simples.(Hinário Lit3.° fasc. P. 28. 60. 63)
Aclamação: "Vosso é o Reino" – deve ser cantada especialmente quando se canta o Pai Nosso.
11. Abraço da paz (Facultativo) – Não pode substituir ou abafar o canto "Cordeiro de Deus", que tem preferência durante o Rito da fração do pão.
12. Cordeiro de Deus – Acompanha o partir do pão antes de ser distribuído. Pode ser cantado pelo coral, pois não é necessariamente um canto do povo, como o Pai Nosso e o Santo. Quem inicia este canto não é quem preside, mas o animador ou a assembléia. Só deve ser executado no momento de partir o pão eucarístico.
13. Canto da comunhão – Ressalta o sentido de unidade. Expressa a alegria pela unidade do Corpo de Cristo e pela realização do Mistério que está sendo celebrado. A letra não deve ser excessivamente subjetiva, individualista, intirnista e sentimentalista da comunhão. Deve projetar a assembléia como um todo, e cada um que dela participa, para a constituição de Corpo Místico de Cristo.
14. Ação de graças após a comunhão (Facultativo) – Pode ser feito silêncio para um momento de interiorização. Quando cantado seria desejável que fosse uma ressonância da Liturgia da Palavra.
RITOS FINAIS
15. Canto Final ou de Despedida (Facultativo) – Deve haver canto final? Normalmente não tem sentido. A reforma conciliar pôs o "Ide em paz" como última fórmula da celebração, e seria ilógico um canto neste momento, pois a assembléia está dispensada. O ideal seria o próprio "Ide em paz", ou fórmula que lhe corresponda, ser cantado pelo diácono ou cantor e respondido pelo canto da assembléia que se vai. Durante a saída do povo, o mais conveniente seria um acompanhamento de música instrumental. Se em alguma ocasião parecer oportuno um "canto final", por exemplo, o hino do Padroeiro na sua festa, ou um hino em honra da Mãe do Senhor em alguma de suas comemorações, que ele seja cantado com a presença de todos, logo após a bênção, antes do "Ide em paz".
V – GRAUS DE IMPORTÂNCIA DOS CANTOS LÍTÚRGICOS
A Instrução "Musicam Sacram" propõe três graus de participação cantada:
Primeiro Grau:
• Nos Ritos iniciais:
- a saudação de quem preside junto com a resposta do povo
- a oração
• Na Liturgia da Palavra:
- a aclamação ao Evangelho
• Na Liturgia Eucarística:
- a oração sobre as oferendas
- o Prefácio, com o diálogo e o Santo
- a doxologia final
- a Oração do Senhor com seu convite e o "embolismo"
- a saudação da paz
- a oração após a comunhão
• Nos Ritos Finais:
- a bênção final
- as fórmulas de despedida
Segundo Grau:
• o "Senhor, tende piedade", o "Glória" e o "Cordeiro de Deus"
• a Profissão de Fé
• a Oração dos fiéis
Terceiro Grau:
• os cantos processionais de entrada e comunhão
• o Salmo Responsorial
• as leituras da Sagrada Escritura
As Aclamações
Em cada celebração eucarística, cinco aclamações, necessariamente, sejam cantadas, mesmo naquelas celebrações em que nenhuma outra parte for cantada:
• Aleluia (antes do Evangelho)
• o Santo
• a Aclamação Memorial (logo após a narrativa da Instituição)
• o grande Amém
• e o Vosso é o Reino. (após o Pai Nosso)
Na Celebração Dominical da Palavra, três destas aclamações não podem faltar:
• o Aleluia, o Santo após o canto da louvação, e o Vosso é o Reino.
Cantos suplementares
Esta categoria inclui cantos para os quais não há textos específicos previstos. A rigor, são elementos facultativos da celebração, e nem precisam ser falados ou cantados:
• o Canto de apresentação das oferendas
 • o Canto de ação de graças após a comunhão
• o Canto de acolhida do Livro das Sagradas Escrituras
• o Canto da paz
• as Aclamações da Oração Eucarística
• o Canto Final
Observação: Estas colocações foram elaboradas, resumidamente, através de pesquisa nos livros: "A Música Litúrgica no Brasil, Estudos da CNBB 79 / "Animação da Vida Litúrgica no Brasil", Documento 43 CNBB / Hinário Litúrgico CNBB 3° fascículo
VI – MATERIAL
Para liturgia: Documento 43 CNBB “Animação da vida litúrgica no Brasil”, Documento52 CNBB “Orientações para a celebração da Palavra de Deusa”, Subsídios da CNBB 3 “Celebração da Palavra de Deus”, Buyst, Ione em Coleção “Equipe de Liturgia”, Ed. Vozes (6 cadernos), Musica e canto: Estudos da CNBB 79 “A Musica Litúrgica no Brasil”, Hinários Litúrgicos CNBB (4 fascículos), Oficio Divino das Comunidades Paulus Editora

Marcelo Santos.







Queridos irmãos, certo dia comecei a meditar sobre o que é ser “leve” com as pessoas com as quais convivo, e a primeira idéia que tive foi a de consultar o dicionário. O significado da palavra “leve”, entre outras é: “aquilo que tem pouco peso”. Pois bem irmãos, peço agora o auxilio de vocês para meditarmos juntos sobre esta expressão. Será que tenho sido “leve” com o meu próximo, tratando-o com gentileza e afeição?, Será que as minhas palavras, conselhos e as atitudes para com ele, tem representado um peso nos seus ouvidos e na sua visão? O mundo anda tão pesado ultimamente e creio que isso está contaminando o ser humano, até ousaria dizer que isso está se proliferando de maneira desgovernada na sociedade, dentro dos grupos, lideranças e terminando de forma inevitável em nossas famílias. A gentileza e a educação, jamais deveriam ser encaradas, como algo que nos diminui ou deprecia perante o próximo, pois quando esquecemos destes dois valores, nos tornamos um “peso morto” no mundo e não há nada pior, que ser considerado: “pesado” e “morto”. Quem sabe se abrirmos um sorriso para vida, mesmo que forçado, possamos tornar a vida de quem nos observa e rodeia, mais leve, pois tudo o que representa peso no nosso cotidiano, cedo ou tarde se transforma em dor de cabeça, por isso sejamos leves neste mundo, pois de gente pesada ele está cheio e nós não precisamos contribuir com o aumento das estatísticas.

Oração: Senhor transforma a minha vida, de maneira que eu possa como cristão seguir o seu exemplo e transmitir para meus irmãos a paz e alegria que vem de ti. Amém













A FORÇA DO PERDÃO

                    No perdão está contida uma força inexplicável que aquieta nossos corações, ao contrário da inquietude que nos traz a falta de misericórdia, nos expondo à fragilidade das tentações. Experimente perdoar mesmo que isso abale as estruturas do seu ego, mesmo que fira o seu orgulho e você se sinta abaixo daqueles à quem o seu perdão for dirigido. Jesus fez o mundo experimentar as primícias da misericórdia do Pai, através daquela à quem o povo chamava de adúltera, ele não se colocou acima da Lei do Pai, mas nos fez compreender que Deus é amor e por isso a sua Lei, é a “Lei do Amor”.
                   Assim nos reconhecemos como pecadores, e necessitamos constantemente, renovar a experiência de perdoar e ser perdoado, mergulhar nos rios de Deus e beber dessa água viva que mata a sede de amor. A Igreja nos proporciona, nos mais diversos confessionários do mundo, que possamos ouvir pelos lábios de um Sacerdote a expressão salvadora: “os teus pecados estão perdoados, vá e não peques mais...”, embora esta expressão contradiga a nossa natureza humana, é fato que quando saímos do confessionário, vamos curados do mal, e a partir desse instante, passamos a travar uma nova batalha contra o pecado, onde a cada segundo em que nos mantermos distantes dele, poderemos nos considerar vitoriosos.

             Oração: que Deus nos conceda sempre na sua imensa misericórdia, a oportunidade de sermos absolvidos dos nossos pecados, que caiam por terra todas as barreiras que impeçam o amor de ocupar o seu devido lugar nos nossos corações, e assim não nos atinjam as pedras deste mundo. Amém!

A Paz de Jesus! Marcelo Santos - GO Divina Luz